segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Medicamentos tóxicos e outras substâncias

Muitos produtos e medicações comumente utilizados podem causar alterações em alguns órgãos como o fígado. As lesões aparecem geralmente quando esses produtos são administrados sem controle. O fígado é bastante comprometido em casos de intoxicação, já que tem papel importante no metabolismo do organismo. A suscetibilidade a determinadas lesões é de acordo como a idade do animal, nutrição, espécie (cão ou gato), tipo de medicamento ou tóxico utilizado, doenças concomitantes e fatores hereditários. Os gatos são mais sensíveis à intoxicação e têm maior dificuldade de reversão do quadro. O risco é maior para pacientes caninos ou felinos com idade inferior a quatro meses, pois estes apresentam um fígado imaturo e incapaz de debelar determinadas intoxicações.

Os principais sinais clínicos incluem vômito, diarréia, icterícia (aspecto amarelado do corpo) e mal-estar. As drogas listadas a seguir são aquelas com maior risco de intoxicação se administradas de forma errônea: Paracetamol (uso proibido em gatos e contraindicado em cães), Carprofen, Fenobarbital, Glicocorticóides, entre outros. Outras substâncias como compostos clorados (água de piscina, por exemplo) e aflatoxinas (presentes em rações vencidas ou mofadas) também podem levar a danos hepáticos.

O diagnóstico é feito através do exame clínico e histórico do paciente, exames de sangue e se for necessário ecografia abdominal. O tratamento é realizado com internação do paciente, manutenção em fluidoterapia (soro endovenoso) e administração de medicações para minimizar sintomas. Muitas vezes o paciente leva mais de 7 dias para iniciar a recuperação. O prognóstico varia de acordo com o grau de intoxicação, muitas vezes o animal torna-se portador de insuficiência hepática por conta das lesões que o fígado sofreu.

Assim ficam as dicas:

·                        Evitar administrar medicações aos animais por conta própria, mesmo que tratamento similar tenha sido feito anteriormente ou com cão de algum amigo;
·                        Verificar data de validade dos alimentos que o cão consome e estado de apresentação;
·                        Evitar que o cão beba água da piscina;
·                        Evitar que o cão tenha acesso à gaveta de medicações da casa;
·                        Não aceitar dicas de pessoas não capacitadas sobre medicamentos e tratamentos.


Lembrar que o banho de piscina tá liberado, desde o cão não beba água daquelas piscinas que passam por tratamento com cloro. Outras piscinas pequenas que se utilizam da água da torneira não há problema.

Sempre verificar se a ração está dentro da validade e se está com aparência boa, caso pareça estar mofada não deixar o cão consumir.


Evitar deixar medicações ao alcance do seu cão, mesmo tendo um sabor desagradável, muitas medicações despertam interesse.


Nenhum comentário:

Postar um comentário